Pombo

Os pombos são de origem Asiática e convivem com o homem há mais de 10 mil anos. Por serem considerados símbolos da paz, em áreas urbanas, eles se transformaram em pragas, visto que a população desenvolve “um carinho” e acaba jogando alimentos (como pão, biscoitos e pipoca) em praças e locais onde os pombos são encontrados.

Com essa atitude, o homem acaba viciando os pombos que ali estão e corroborando para o aumento de sua população que, para muitos, causa incômodo, além de transmitirem doenças e causarem danos materiais. 

Assim, quando ocorre uma infestação por pombos, geralmente se constata que os animais estão infestando o local porque alguém os alimenta ou tem uma oferta de alimento no local, e há abrigo disponível. Outro fator que facilita essa infestação é que poucos animais caçam pombos, principalmente em áreas urbanas.

Eles vivem em média de 3 a 4 anos em ambientes urbanos, podendo chegar até 15 anos em ambientes silvestres. Apresentam hábitos monogâmicos, ou seja, vivem com o mesmo parceiro o resto da vida e atingem a maturidade sexual aos 3 meses de vida. 

A fêmea deposita 1 ou 2 ovos, de 8 a 12 dias após a cópula e eles são incubados por um período de 17 a 19 dias. Geralmente há de 4 a 6 ninhadas por ano.

Danos causados pelos pombos

Os pombos podem causar sérios danos materiais em diversos pontos:

  • As fezes deles são ácidas e, além de sujar, danifica pinturas e superfícies metálicas, fachadas e monumentos;
  • Caso haja o acúmulo de fezes, ou um ninho, pode provocar o entupimento de calhas e apodrecimento de forros de madeira;
  • Em indústrias e silos as fezes podem contaminar grãos e alimentos.
  • Quando os pombos são alimentados, suas sobras servem de atrativo para ratos, baratas e moscas, o que pode levar a uma proliferação dessas pragas.

Quais são as doenças transmitidas?

Os pombos são vetores de cerca de 60 doenças que podem ser de caráter alérgico, fungos, bactérias e ácaros. As formas de transmissão são acometidas quando inalamos a poeira gerada pelas fezes ou ingerimos carnes e ovos contaminados por elas. Essas doenças também são transmitidas pelo piolho do pombo que, no caso, é o ácaro que mencionamos acima.

Bom, alguns exemplos de doenças transmitidas são:

  • Criptococose; 
  • Histoplasmose; 
  • Ornitose; 
  • Clamidiose; 
  • Psitacose;
  • Dermatites causadas por ácaros e piolhos; 
  • Alergias; 
  • Salmonelose; 
  • Gripe Aviária; 
  • Meningite; 

Prevenção e métodos de controle

Como o ciclo reprodutivo dos pombos é regulado pela oferta de alimento, diminuir essa oferta é a principal medida a se tomar, conscientizando as pessoas do problema de fornecer alimento a eles e esclarecendo sobre os riscos e danos que tal hábito pode provocar, além de:

  • Consertar falhas nas estruturas que permitam a nidificação (ação de construir ninhos);
  • O manejo de rações, guarnições, restos alimentares e o acondicionamento adequado do lixo representam medidas relevantes no controle de pombos;
  • Limpeza dos locais infestados (utilizar, sempre, máscara e luvas ao fazer essa limpeza);
  • Vedação de vãos de acesso em forros de telhado, saídas de tubulações de serviço e outros espaços, utilizando-se telas, tapumes ou argamassa, conforme a característica do local;
  • Os aparelhos de ar condicionado podem ser recobertos com redes de poliuretano em sua parte externa, para evitar a nidificação de pombos nos vãos;

Também pode ser utilizado o emprego de elementos assustadores (há 2 tipos) e o sistema Pigeons-Out, como veremos abaixo: 

Assustadores visuais: significa o emprego de manequins de predadores e de estruturas refletoras. 

O emprego de manequins de corujas, falcões ou outras aves de rapina, que são predadores biológicos naturais dos pombos, desencorajam sua aproximação, desempenhando a função de espantalhos. 

Já as estruturas refletoras de luz solar, como espelhos e fitas metálicas e luzes estroboscópicas causam um incômodo visual nos pombos, afastando-os dos locais. 

Assustadores auditivos: emprego de sons que afugentam os pombos, como explosão de fogos de artifício, chacoalhar de estruturas metálicas (latões, panelas), ultrassom, sons miméticos de predadores, ou tiros de ar comprimido são medidas de efeito bastante transitórios.

Sistema Pigeons-Out: é uma tecnologia de última geração que gera pulsos eletromagnéticos que são sentidos pelos pombos, criando uma espécie de redoma de proteção no entorno da edificação, impedindo-os de ficarem alojados onde o sistema estiver instalado.

É importante salientar que as aves podem se habituar facilmente a algumas técnicas, por isso, é recomendado o acompanhamento de um profissional. Somente ele poderá analisar a situação e traçar a melhor estratégia para o controle das aves.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *